
A ciclocrioterapia é um procedimento oftalmológico indicado para o tratamento de glaucomas avançados, agressivos ou refratários ao tratamento clínico e cirúrgico convencional. Utilizando uma sonda de crioterapia (frio extremo), o procedimento atua diretamente sobre os processos ciliares, estruturas responsáveis pela produção do humor aquoso — o fluido que mantém a pressão interna do olho.
Ao reduzir ou eliminar parte desses processos, a produção de líquido diminui, e, com isso, a pressão intraocular (PIO) também é reduzida, ajudando a estabilizar a doença e preservar o que ainda resta da visão funcional.
A ciclocrioterapia (também chamada de cicloablação com crioterapia) é um procedimento que aplica frio intenso (–80°C a –90°C) na região da esclera onde estão localizados os processos ciliares, com o objetivo de “desativar” seletivamente essas estruturas. Ao reduzir a produção do humor aquoso, o procedimento consegue controlar a pressão ocular, que é o principal fator de risco na progressão do glaucoma.
Esse método é considerado um recurso terapêutico avançado, normalmente reservado para casos em que outros tratamentos não surtiram efeito ou quando o paciente apresenta risco elevado para técnicas mais invasivas.
Pacientes com glaucoma terminal ou refratário, mesmo após múltiplas cirurgias
Casos em que a pressão intraocular permanece elevada apesar do uso intensivo de colírios
Pacientes com baixa acuidade visual ou dor ocular por hipertensão intraocular
Glaucomas secundários graves (como neovascular, uveítico ou traumático)
Olhos com prognóstico visual reservado, mas que ainda se busca manter o conforto e a função residual
Embora eficaz, a técnica é reservada para situações específicas, pois tem potencial para afetar estruturas delicadas do olho se não for bem indicada.
A ciclocrioterapia é realizada em centro cirúrgico com anestesia local (em alguns casos, associada à sedação).
Passo a passo:
Uma sonda de crioterapia é aplicada sobre a esclera (parte branca do olho), na região correspondente aos processos ciliares
Cada aplicação dura poucos segundos, e a área tratada é feita em pontos distribuídos ao redor do globo ocular (normalmente 180º a 360º da circunferência)
O frio intenso provoca uma necrose controlada dos tecidos-alvo, reduzindo sua função
O paciente recebe alta no mesmo dia com orientações de uso de colírios e repouso
A resposta da pressão ocular costuma ser gradual, e os efeitos completos são observados em semanas.
A pressão ocular tende a reduzir progressivamente ao longo das semanas
Em alguns casos, pode haver necessidade de repetir o procedimento
Os colírios podem ser reduzidos ou suspensos conforme a resposta individual
É comum leve desconforto, inflamação ocular e vermelhidão nos primeiros dias
O oftalmologista acompanhará a evolução da pressão e o aspecto do segmento anterior
A ciclocrioterapia é um procedimento eficaz e relativamente simples para controle da pressão intraocular em casos graves e resistentes ao tratamento tradicional. Embora não seja a primeira linha de abordagem, ela representa uma alternativa valiosa para preservar o conforto ocular, controlar a dor e estabilizar a evolução do glaucoma.
No consultório do Dr. Josias Neto, oftalmologista com experiência em retina clínica e glaucomas complexos, a ciclocrioterapia é indicada com rigor técnico, após avaliação criteriosa e esgotadas outras possibilidades. O foco é sempre oferecer ao paciente o tratamento mais seguro, viável e adaptado ao seu estágio clínico.
Se você ou um familiar convive com glaucoma avançado e a pressão ocular continua alta, saiba que ainda há caminhos possíveis. Agende uma consulta e descubra as opções adequadas para o seu caso.
Dr Josias – CRM 14587 | RQE 15735
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